4:43, hora de acordar. Das 4:44 as 4:48, higiene bucal, na noite anterior a gente tem direito a um copo de um líquido que foi orientado que era para higiene bucal, mas algum de nós bebem aquilo e de manhã sempre pedem um pouco do meu, isso e irritante! Eu não bebo e ainda tenho que dividir.
4:49 a 4:53, a gente come, nem sei o que e mais, mas como tudo porque afinal não quero ficar com o outro ali que só come quando o obrigam, e não queira ser obrigado a comer, e algo extremamente desagradável pra não usar palavras sujas, que também não são permitidas.
4:54, hora da venda, nunca entendi isso, mas como a comida, a venda não e um momento agradável a quem se recusa. Depois desse momento eu só vou voltar a ver as horas as 21:05, quando e hora de apagar as luzes pra dormir. O que faço nesse meio tempo? Capino uma terra seca, formando pequenos montes, e nesses montinhos de terra seca, vem alguém e coloca uma muda de uma planta, que no outro dia está morta e gente segue refazendo o processo.
A minha volta e só névoa, como se fosse um círculo, com um sol que e de castigar qualquer um que ouse olhar pra cima, ele fica no topo de uma torre e realmente não dá pra olhar pra ele sem se cegar, e mesmo depois de cego você continua capinando.
Nesse processo quando você terminar de formar o seu monte, levanta a mão e vem alguém com a muda e coloca na terra, enquanto você observa até partir pro próximo momento. Mas antes disso escuto uma voz, me falando que se eu realmente acreditava que aquilo lá era o sol? Dizendo que aquilo lá não e era o sol e sim um refletor que matava a terra deixando ela seca e matando as mudas. Ele continua, dizendo que não é estranho nada crescer, porque ele disse que as coisas crescem quando você coloca na terra. Enquanto isso, eu tava tentando me lembra dele até que. Você e um daqueles que bebem meu líquido de higiene e é forçado a comer, ele acena e vai embora, e eu volto a capinar a terra seca.
Chegou 21:05, hora de dormir.
Alguns dias depois ele, aparece novamente dizendo as mesmas coisas, mas desta vez ele me convidou pra correr em direção a névoa, eu disse que ela iria matar a gente, e ele disse, se fosse matar, já estaríamos mortos, ele coloca a muda no monte e e segue.
Tempos depois, monte pronto, ele vem e diz, vamo correr em direção a névoa? Tenho um plano, e me mostra uma pedra que era pra ter jogado no saco de descarte, mas ele não fez isso. Olhou em direção ao sol e jogou a pedra com toda força que podia, não chegou nem perto do sol, mas conseguiu acertar a torre na base e um barulho estranho e do nada tudo ficou escuro e o sol estava piscando. Nisso ele me puxa pelo braço e diz pra correr, eu saio da mão que puxava e fico olhando ele e outros correndo em direção a névoa, até desaparecem. 4:43, hora de acordar.
Edvaldo Ferreira
Foto: Paloma Ramos
Criador do Palavras Brutas, escritor amador de ocasião. Sem formação acadêmica nas artes.
Em busca de entender o que sinto através da palavras, ou se não, em busca da jornada constante de autoconhecimento e afeto próprio.
Fascinado com cinema e música.
Futuro agitador cultural.
Pessoal bunito, boa tarde.
2023 tem sido um ano com muita coisa boa acontecendo e tenho uma gratidão enorme a cada segundo do tempo de vcs pra acompanhar as coisas que venho fazendo, tudo isso motivo de orgulho.
Então lá vem uma outra coisa muito boa e que conto com vc que tenha interesse.
Eu saí e um livro de coletânea que chama Cena poética, e peguei os meus exemplares para vender, como o trampo de artista e sempre na raça, conto com quem puder comprar uma cópia do livro.
Cada uma custa 25 reais, e conta com vários artistas da cena da poesia.
Quem tiver o interesse, só me responder e fazer a encomenda.
Obs.: existe a possibilidade dele ser enviado via correio pela Amazon, só me pedir essa opção que passo as instruções.
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