Sou água de chuva ácida
Barrada, enclausurada
Cheia De tanta civilidade
Sem tempo pra fluir, exausta
Por dentro sou apenas lágrima
Que não escorre, incorre
Concretada pelo tempo, cinzento
sugada pelo cimento onde percorre meu suor
Sou um rio de excrementos
O ralo que dissolve a natureza
Daqueles que insistem em ser anjos
Fazendo do inferno o seu divino lar
Até que a pressão explode
A torrente vem, Muito se esvai
Mas ainda tudo se mantém,
até não dar mais! Não dá mais!
Caio Resende
Apenas
um
homem
cansado
à
procura
de
abrigo.
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