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Carta aberta n° 4: Capinando lotes




Dia 25 de julho, dia do escritor. Mas não e esse o ponto de hoje, mas sim, e um dia importante e hoje comemorei por me considerar um escritor.

Tem tanta coisa acontecendo, desde a última carta aberta de fevereiro pra cá. Se dividir o semestre, posso afirmar por já ser um dos melhores anos da minha vida, nutrindo uma relação saudável e confortável tem sido um porto seguro no meio disso tudo, que apesar de estar entre os melhores, também está em um dos mais difíceis seja por fazer uma cobertura do Oscar sem nenhum apoio das distribuidoras e indo na raça até ter minhas palavras e outro livro, conquistas que não tenho nem roupa para comemorar.

Capinando lotes? Você pergunta. Sim!

Uma tarefa árdua pra caralho que posso dizer que já fiz e que hoje aposentei. Mas não são os lotes literais a que me refiro, e sim os sentimentos e a capina do mato e a descoberta de coisas sobre você mesmo no processo, e como se fosse uma caçada ao tesouro com minas terrestres ou baús com tesouros. Mas nesse processo confesso que fico empolgado, pois o que venho encontrando e bom, e as minas pra minha sorte estavam desativadas(façam terapia, é real! Ajuda!).

Nessas procuras surgem questionamentos do tipo, seria eu capaz de escrever sobre coisas boas e ter o mesmo efeito que os vômitos literários me proviam? A resposta nem importa, porque as novas emoções só vem, não pedem espaço ou licença. E o que sai disso tem sua beleza particular, nem cabendo mais a comparação ou a pureza de somente extrair arte da dor. Tudo isso nesse processo de capina, acredita?!

Esse ano como qualquer clichê tem passado como um sopro, e com um diferencial, tenho me deixando ir com o vento.

Mas em meio a toda essa positividade (a minha maneira), tenho visto ao meu redor s solidão e escacez, seja de tempo ou das relações. Os aniversários se esvaziam os amigos diminuem, mas vou vivendo bem com isso, entendi que são os ciclos, e eles se fecham e se abrem de maneira misteriosa e nem cabe a mim tentar entender, somente sentir. Mas isso assola os meus a minha volta, as pessoas simplesmente somem e nem disfarçam mais o retorno oportuno pra pedir coisas ou favores. Mas acho que faz parte. Mas a minha volta vejo isso se tornando rotineiro, "eu ajudo todo mundo e ninguém me ajuda", pesado de pensar como as relações estão e se configuraram e não parece ter volta.

Mas o que trás toda essa positividade ou qualquer coisa que possa se assemelhar a isso? Pra mim tem sido observar as coisas com mais distanciamento e saber as lutas que entro e que com a sabedoria de só deus sabe onde, tem funcionado, mesmo que a linhas tortas.

Talvez o paralelo com capinar o lote nem tenha feito sentido, mas vai assim mesmo. Porque o controle que temos e nenhum e aceitar isso e parte do processo.

 

Edvaldo Ferreira

Criador do Palavras Brutas, escritor amador de ocasião, sem formação acadêmica, em busca de entender o que sinto através da palavras, ou se não, em busca da jornada constante de autoconhecimento e afeto próprio. Fascinado com cinema e música.



Futuro agitador cultural.

 

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