Tenho raiva daqueles artistas que produzem na calma ou nos sonhos, eles são privilegiados.
Eu me sentia travado escrevendo poesia só por inveja, achando que isso deixaria o que não gostou melhor ou pior. Mas deixa isso quieto, deixa eu voltar pro ponto inicial.
Esses artistas plenos, que fiquem lá. Eu percebo e que quando amassado numa lata cheia de gente que trás a vontade de falar sobre algo por mais pequeno e totalmente construído da minha cabeça com um micro fragmento de informação, que sabe se lá se é confiável.
Mas enfim, nessa lata de sardinha ou panela de pressão que é o cotidiano, eu lá de novo observando a vida dos outros, não dava nem pra pegar o celular pra responder minha companheira, daí o título. E o que vou dizer pra ela antes de conseguir responder.
O querido com coração partido, tentava digitar aquele último adeus com um tom de esperança, que uma mensagem indignada restasse ou reativasse ou criasse uma situação com o rapaz antes cortejado. (Afinal não tenho ideia de qual era a situação deles)
Mas a indignação de abandono nem tem tempo de ser digerida, acontece ali mesmo, no trajeto do trabalho pra casa. A máquina mói tanto, que o período dos transportes são pequenos fragmentos de vida que se sufocam nas horas tardias e o próximo dia. Não dá pra sentir nada, o despertador toca. E quem sou eu nessa conversa? O alguém que tá feliz num relacionamento e gostaria que todos tivessem também, juntos nessa seita onde o coração bate, e a mensagem vem.
Aliás deixa eu ir lá responder ela e contar que escrevi alguma coisa depois de tempos.
Edvaldo Ferreira
Criador do Palavras Brutas, escritor amador de ocasião.
Em busca de entender o que sinto através da palavras, ou se não, em busca da jornada constante de autoconhecimento e afeto próprio.
Fascinado com cinema e música.
Futuro agitador cultural.
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