12/02/2021
Não, esse não é um título apelativo pra chamar sua atenção a questões profundas do ser humano, isso se trata do puro simples medo de viver!
Aquela sensação de que se você passar 24 horas sem pisar no ninho, algo de muito ruim pode acontecer, e o que acontece? Nada! É só você se tornando o maior gênio no assunto fuga da vida.
Pense em você num rolê legal, clima bom, conversa legal, programa diferente, beijos quentes e de quebra uma masturbação em local público, e isso faz seu coração bater mais rápido que um funk 150 bpm ou aquele trance futurista que após alguns minutos se tornam ruídos incômodos e vontade de ir só “checar” o seu ninho, ver se tá tudo bem, sabe como é né? Afinal, tenho medo de viver!
Voltando a aquele encontro, quando o evento e o atentado ao pudor terminaram, vocês caminham pelas ruas, o papo continua ótimo! Você fala sobre religião e ela entra no assunto, e tudo corre maravilhosamente bem, e a partir daí, quais são as opções? Uns beijos quentes, mãos que se correm livremente, um leve fluxo de sangue que percorre, o que fazer? Um motel! É claro! Mas essa não é uma história de herói, a não ser que herói seja aquele que sinta uma dor no estômago e comece a fuçar seus arquivos carinhosamente apelidados de “covarde” e encontre a desculpa perfeita, a jogada de gênio! Inacreditável, como surge tão fácil a escapada! Ela sai de sua boca com certo nível de culpa e tristeza... não se sabe se é real ou parte da atuação, mas o herói tem de ir ao trabalho no outro dia... enfim o dia foi salvo!
Tenho medo de viver, de amar, de ser compreendido e de não ser, temo por algo que nunca virá, um vilão invisível que vive dentro de mim e diz: eu tenho medo de viver!
Edvaldo Ferreira
Cocriador do Palavras Brutas, escritor amador de ocasião, sem formação acadêmica, em busca de entender o que sinto através da palavras, ou se não, em busca da jornada constante de autoconhecimento e afeto próprio. Fascinado com cinema e música, e não apoia o uso de tabaco!
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