Um alien entra num bar cósmico e vê seu amigo sentado no balcão. Ele chega perto, puxa uma cadeira, pede um drink alienígena e diz:
Quando eu estava vindo para cá, me lembrei da minha última expedição ao mundo dos humanos, e percebi uma coisa muito estranha sobre eles. Eles têm o costume de sorrir para telas velhas e compartilham seus sorrisos para outros humanos em suas telas velhas.
O engraçado disso tudo é que eles não são realmente felizes!
Eles optam em ser felizes sem nenhum motivo específico. Meu palpite é que eles pensam que todo mundo é feliz, e se algum deles não se sentir feliz, é automaticamente expulso das rodas sociais.
Eu já tô entediado só de te contar isso, mas algo estranho aconteceu. Meu superior solicitou que eu fizesse contato. Primeiro eu pensei, ”eu vou matar esses arrombados”.
Aliás, eles usam essa palavra para categorizar pessoas que fazem intercurso sexual com vários outros humanos. Achei isso engraçado!
Enfim, eu fiz contato com um humano, mas ele era diferente. Ele não era muito ligado na sua tela como os outros. Eu perguntei o porquê, ele me disse que ele era um humano de verdade. Que não ficava ligado a tela, que por sinal eles chamavam de “smartphone”. Eu sei, é um nome imbecil.
Sempre que ia à terra, eu parava para conversar com ele. E ele me explicava o porquê dos humanos fazerem aquilo e eu fiquei chocado. Tudo que eles faziam era sem sentido ou propósito, eles eram tipo uma conspiração que não levava a nada.
Na minha última visita, ele me disse que tinha jogado seu smartphone contra a parede e que eu nunca mais o veria de novo. Eu não sabia na época, mas aquele humano tirou a própria vida. Eu não sei exatamente o que isso significa, mas foi legal conversar com ele.
E aquela sua nave velha? Conseguiu consertar?
Edvaldo Ferreira
Criador do Palavras Brutas, escritor amador de ocasião, sem formação acadêmica, em busca de entender o que sinto através da palavras, ou se não, em busca da jornada constante de autoconhecimento e afeto próprio. Fascinado com cinema e música.
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