Alma atordoada que se desmonta,
Tua overdose é mastigar o verbo cru,
Há muita poesia nesse estado imoderado,
Espectro lírico em teu estatuto que efervesce.
Queima as cartas passadas,
Sinta as dores do parto,
Cospe no quadro toda poluição,
Dispõe no papel afeto e subversão.
Coquetel molotov
Que compõem
O estado bélico da palavra
E consome mente e coração.
Apogeu dos alheamentos,
Espaço feito para as passagens,
Ponte que liga a anarquia artística,
Ponto de partida de toda alusão.
O antes e o depois da loucura,
O chá da tarde,
O amargor na boca,
Os orgasmos múltiplos.
Distúrbio do sono,
Esquizofrenia Sartreana,
Blasfêmia e palavrão,
Madrugadas abertas, nudez e delírio.
Ode ao exagero
Palavra da palavra inventada
Artesania explicita
Que canta Murica e Cazuza.
Kenner Poeta
Kenner Poeta, mineiro de Belo Horizonte, iniciou sua jornada poética em 2007. Suas inspirações vêm da realidade da cidade, das vivências pretas e do rap. Seus poemas exploram questões existenciais, o cotidiano e os desafios de ser um homem preto, artista e brasileiro.
Apaixonado por arte, Kenner tem como influências literárias Manoel de Barros, Drummond, Rubem Alves e Fernando Pessoa. Na música, reverencia a trindade brasileira formada por Milton Nascimento, Gilberto Gil e Jorge Ben Jor. Para Kenner, a poesia é uma ferramenta de revolução e transformação social.
Você pode acompanhar Kenner no Instagram pelos perfis @eusouokenner e @kennerpoeta.
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