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Montanha



Tu és montanha que sangra

Sangrou por mim, nunca pude lavar seus pés

Os corredores nem são os mesmos

E olha que nunca estive lá em tua presença


Presença essa que se faz presente mesmo na passagem

Queria ter ouvido sobre as cantigas

Sobre qualquer coisa na verdade


Mas tu és a montanha que sangra

E não a que chora

Eu chorei, meu coração se partiu montanha

Mas sei que você sabe disso


Mas com a cola certa, todo coração se monta

Adeus montanha.




Homenagem ao grande Antoninho Lucas (Tinin) descanse em paz guerreiro.

 

Edvaldo Ferreira


Criador do Palavras Brutas, escritor amador de ocasião, sem formação acadêmica, em busca de entender o que sinto através da palavras, ou se não, em busca da jornada constante de autoconhecimento e afeto próprio. Fascinado com cinema e música.


Futuro agitador cultural.

 

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