Não, não venha me dizer como devo escrever.
Que um poema dever ter rimas AB,
Que um poema deve falar sobre amor, não.
Não me venha com a fórmula do poema a ser seguido,
Poetas consagrados,
Palavras difíceis de entender.
A poesia deve ser fúria, um fogo,
Um lapso de irresponsabilidade,
Sentimento incontido, angústia,
Orgasmo.
Deixe a razão para fora de meus poemas.
Escrevo para os fodidos,
Para os desesperançados,
Para os intensos, embriagados,
Endividados, para os loucos,
Para os que sofrem com insônia,
Escrevo para mim.
Não me contento com rimas,
Nem poetas famosos.
A fúria da ideia não se prende ao método.
Ainda bem.
Bruno Sampaio
Prazer meu nome é Bruno Sampaio, Bacharel em Educação Física pela UFMG e quase mestre em Epidemiologia da Atividade Física pela UFTM. E o que isso quer dizer? Absolutamente porra nenhuma. Cruzeirense de Venda Nova. Apaixonado pela utopia e pelo ultrarrealismo ao mesmo tempo. Será possível? Cada dia mais aceitando a ideia que não podemos mudar porra nenhuma nesse mundo. Sonhando com o real e tentando levar o conceito de amor fati de Nietzche como inspiração diária. Fã de realismo sujo, de filosofia e de literatura brasileira. Gosto dos escritores brasileiros porque eles veem o mundo como a merda que ele é, não precisam ser apresentados por terceiros. Ao mesmo tempo fã de Token, Shakespeare, Dostoiévski... Enfim, tudo que é bom e escrito com paixão deve ser lido e apreciado. Esse sou eu, ou uma das minhas personalidades, depende do dia...
Perfeita colocação, o poema hoje já é livre de todas as amarras. Para falar sobre o título do blog, quem disse que as palavras brutas precisam ser lapidadas. Show amigo!