Amar as vezes é como um soco na barriga. Aquele soco que pega certinho entre o diafragma e o estômago. Um soco que te deixa inerte, entorpecido entre a dor que se espalha querendo te fazer cair, e a sensação inebriante de estar fora da realidade, pois tudo que você sente é um nada total.
As vezes, só as vezes... Amar é como tropeçar na rua, na frente de uma multidão. Você tropeça, e não sabe se torce para cair, e ficar ali, estirado no chão, ou se prefere ficar de pé, flutuando como quem quer voar. Assim é as vezes amar.
Um eterno trupica mais não cai... Um flutuar que não tira os pés do solo. Amar pode ser, as vezes, a melhor coisa que fazemos... De fato, as vezes é... O amor é o que nos torna humanos, vulneráveis, frágeis... Tão destemidos, quanto aterrorizados. Mas as vezes, o amor também é dor. É estar obcecado, sentindo um misto de sensações que as vezes pode ser lindas, mas na maioria das vezes, é feia... Horrorosa. De uma forma que só o amor pode ser. Há um outro sentimento tão complexo assim? Cheio de dualidades
As vezes o amor é tudo. Mas em outras, é nada... É como um soco no estômago... Que as vezes desperta borboletas. Mas, as vezes, mata as borboletas em pleno voo. Mas com todos os pontos negativos, mesmo com todo o potencial para ser dor, e me deixar na devastação, eu ainda escolho amar. Escolho ser amor. Com tudo que sou... Com tudo que tenho. Pois, sem amor, eu nada sou. Eu nada possuo. E aqui estou, todos os dias... Constantemente... Inevitavelmente, tomando socos no estômago.
Robson Machado
Robson Machado é escritor e poeta autista. Com 30 anos de idade é mineiro de Belo Horizonte e escreve de forma intensa e profunda o que lhe vem a inspiração, como temas de amor, dor, morte e motivação. Fortemente inspirado pela escola literária do Romantismo.
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